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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Saiba mais sobre a condropatia, também chamada de joelho de corredor

Praticantes de atividades físicas devem redobrar cuidados

Fortes pontadas nos joelhos ao dirigir, subir e descer escadas ou ao agachar para pegar objetos. Os desagradáveis sintomas são comuns para boa parcela da população. Condromalácia patelar, síndrome da dor patelofemoral e joelho de corredor são muitos os nomes dados à condropatia, lesão confundida muitas vezes com a inflamação do tendão. Provocada pelo desgaste das cartilagens da patela o osso mais saliente do joelho em contato com a do fêmur, a doença é bastante comum no público feminino e em corredores.

Existem vários fatores que devem ser levados em conta. Um deles é a fraqueza da musculatura dos glúteos, que faz com que a pelve fique caída e sobrecarregue os joelhos. A sobrecarga faz com que os joelhos tendam a ficar para dentro e, enquanto a patela deveria ficar encaixada no fêmur, fica deslocada, o que causa o desgaste, explica o fisioterapeuta Pedro Ivo Almeida.

Além da causa genética, uma das razões para o aparecimento da condropatia é o uso inadequado de aparelhos de ginástica, como o leg press, que exigem força excessiva aplicada na patela. Se o joelho estiver com alguma lesão, as dores aparecerão.

Descrita como uma ardência ou pontada ao ficar com o joelho flexionado por longos períodos, mesmo sem forçá-lo, a doença pode provocar também crepitação e estalos, muitas vezes audíveis. Se descoberta ainda em grau inicial, é possível ser tratada apenas com exercícios de fisioterapia e em graus elevados, exigir cirurgia.

O ortopedista Paulo Henrique Araujo acrescenta que outras lesões comuns na região são ligamentares, meniscais e condrais (cartilagem). Elas ocorrem, normalmente, em decorrência de traumas relacionados à prática desportiva, como o rompimento do ligamento colateral medial e do cruzado anterior, frequente em jogadores de futebol.

Recomendações
:: Coloque gelo no joelho após os exercícios
:: Quando possível, evite subir e descer escadas
:: Garanta lugar suficiente para a perna no carro ou no seu lugar de trabalho, evitando manter o joelho flexionado mais de 90 graus por muito tempo.
:: Mantenha boa postura e evite cruzar as pernas por longos períodos.
:: Não sente sobre as pernas com o joelho em hiperflexão.
:; Quando estiver deitado, não deixe o peso do corpo pressionar ou mover a patela, usando um travesseiro para manter os joelhos levemente separados

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Atividade Física é sinônimo de vida longa

A atividade física pode reduzir o risco de desenvolver diversas doenças
A inatividade física (sedentarismo), assim como o tabagismo, a hipertensão arterial e o colesterol elevado compõem os fatores de risco causadores de importantes problemas cardiovasculares, que representam as principais preocupações no campo de saúde atualmente. A idéia da relação entre atividade física e saúde não é recente: foi mencionada pelos filósofos gregos e romanos há centenas de ano
Entretanto, somente a partir dos anos 50, ao se pesquisar quais doenças atingiam os funcionários aposentados, da companhia de ônibus (motoristas) de Londres, comparadas com os dos correios, concluiu-se que os motoristas tinham o dobro de doenças do coração do que os carteiros. Hoje sabemos que o baixo nível de atividade física é um importante fator no desenvolvimento de doenças crônico degenerativas, como obesidade, diabetes tipo II, hipertensão arterial, angina/infarto do miocárdio, osteoporose, câncer de mama e do reto.
Inversamente, a atividade física pode reduzir o risco de desenvolvimento dessas doenças crônicas, além de aumentar a expectativa de vida e evidente melhor controle do peso corporal. Constatações recentes têm demonstrado que estes benefícios ocorrem mesmo entre os indivíduos sedentários ou incapacitados e que se tornaram mais ativos. Além dos idosos, que passaram a ter uma vida fisicamente independente, com menor risco de quedas, melhor estado de humor, aliviando os frequentes sintomas de depressão e ansiedade, enfim elevando os padrões de saúde e qualidade de vida dessa crescente população.
Avaliações dos RH (recursos humanos) de empresas que adotaram programas de atividade física por alguns minutos, durante o trabalho para seus funcionários, mostraram redução na falta ao trabalho, nos custos médicos e com aumento na produtividade. Evidências científicas tem reforçado que um estilo de vida ativo desde a infância traz vários benefícios desde melhor rendimento escolar, menos faltas às aulas, até melhora no relacionamento com os pais e aumento da responsabilidade em geral.
Quantos exercícios semanais são necessários
Exercício é uma faca de dois gumes! Atual controvérsia é a de que pode parecer melhor não se exercitar a fazer exercícios físicos esporadicamente. Estudos concluíram que atividade física esporádica (vez ou outra por mês) se for intensa pode ser o gatilho de complicações cardíacas. Pesquisa realizada com seis milhões de membros de academias nos EUA, durante dois anos, foram constatadas 66 pessoas mortes e desse total, mais de 70% exercitava-se somente uma vez por semana e tinham algum antecedente cardiológico não controlado.
O mesmo risco pode ocorrer nas atividades físicas intensas (maratona, triatlo etc) de quem tem histórico de doenças cardíacas, porque essas pessoas, obrigatoriamente, devem fazer acompanhamento médico especializado com exames regulares, para que o exercício não seja danoso. Numa condição dessas, o melhor a fazer são atividades físicas como caminhadas leves ou moderadas.
O respeito aos limites é algo que deve ser sempre lembrado na hora de praticar qualquer atividade física. Ao entrar numa academia ou participar de grupo de acessórias de corridas ou se quiser fazer seu esporte de lazer, faça a avaliação médica prévia especializada. Mantenha os limites que seu médico indicou. Como regra geral recomendamos exercícios aeróbicos quatro vezes semanais com duração de 60 minutos: corrida ou bicicleta ou natação associados a exercícios de fortalecimento muscular e de equilíbrio (duas vezes na semana e com média de 15 a 20 minutos).
Sintomas como falta de ar, dores do peito ou costas, tonturas, palpitações ou outras manifestações fora do habitual, durante ou após a atividade física, devem ser comunicados ao seu médico. A avaliação médica prévia consiste no mínimo em uma consulta e um eletrocardiograma. Caso exista familiares diretos com doenças cardíacas ou a pessoa pratique atividade física intensa, o ideal é teste ergométrico com presença de cardiologista (previsto em lei).
Vale ressaltar que hábitos de vida saudáveis dispensam práticas inúteis, custosas e não aceitas pela comunidade científica e pelos Conselhos de Medicina. Alguns exemplos são a medicina bio ou ortomolecular, as novas promessas anti envelhecimento e hormônios bioidenticos, sem comprovação alguma e reconhecimento das ciências médicas.
Por Dr. Nabil Ghorayeb
Fonte: http://www.webrun.com.br/home/n/atividade-fisica-e-sinonimo-de-vida-longa/13141

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Alongamento: veja os benefícios

O alongamento serve para aumentar a flexibilidade. Saiba mais sobre os benefícios do alongamento

Fonte: Getty ImagesEssencial para o nosso corpo, o alongamento não precisa ser exaustivo e muito menos dolorido! E como benefícios, eles aumentam a nossa flexibilidade, melhoram a postura, e ajudam na melhora da dinâmica no movimento da corrida.
Além disso, um estudo realizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pela fisioterapeuta Eliane Coutinho, revelou que os exercícios de alongamento sem uso de carga – mantidos durante 60 segundos, com intervalos de 30 segundos – aumentam o comprimento do músculo e a massa muscular.
“Os alongamentos são muito importantes sim para uma boa condição física. Uma pessoa consegue ficar sem trabalhar a flexibilidade, mas com certeza terá um déficit num âmbito geral”, diz a professora de Educação Física da Academia Competition (SP), Adriana Ramos Schierz.
Segundo ela, o alongamento deve progredir de maneira crescente e de acordo com a necessidade de cada indivíduo. E atenção à dica: “a atividade será eficaz se todos os segmentos estiverem bem posicionados, com atenção aos detalhes: calma e isolamento contribuem para o sucesso doexercício“.
Segundo o presidente do Comitê de Traumatologia do Esporte da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Dr. André Pedrinelli, geralmente dá para melhorar em até 30% o alongamento de uma pessoa. Aproveite que as mulheres têm maior facilidade para essa atividade e se jogue nestes exercícios saudáveis, prazerosos e necessários!
Para que alongar-se?
Alguns estudos apontam que alongar-se antes e depois do treino não previne os danos físicos. Uma pesquisa apresentada no Encontro Anual da American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS) de 2011 revelou que fazer alongamentos antes de correr não tem relação com o aparecimento de lesões.
Esses resultados divergem opiniões entre os especialistas. O que não muda, contudo, é o fato de que alongar-se é muito importante para o nosso corpo.
Quando fazer?
Segundo Adriano Marques de Almeida, médico ortopedista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), a elevação da temperatura corporal aumenta a flexibilidade e facilita a execução dos exercícios de alongamento.
Lembramos que o trabalho de alongamento para ganho de flexibilidade de forma mais intensa deve ser feito em dias diferentes do treinamento de força ou ainda de uma forma periódica adequada, para não entrar em sobrecarga. Portanto prefira realizar uma atividade de alongamento isolada, nunca antes ou após uma atividade física mais intensa.
Falta de alongamento? Problemas à vista!
O alongamento é essencial para o nosso corpo. “Afinal de contas, se observarmos os animais, todos se espreguiçam. É a forma mais primitiva e natural de alongar-se. Problemas como desvios posturais, musculatura encurtada e maior dificuldade circulatória podem surgir da falta de alongamento. “Não alongar-se pode levar à dificuldade na execução de movimentos, além de haver aumento no risco de lesões”, complementa o Dr. Adriano Marques de Almeida.
O médico ainda diz que quando a falta de alongamento já está avançada, ou seja, quando a flexibilidade está prejudicando a execução de movimentos esportivos ou do dia a dia, várias consequências negativas podem surgir, como tendinites, bursites, sobrecargas na articulação e lesões de cartilagem.
Além disso, Pedrinelli, alerta: “Não faça movimentos ‘curtinhos’, pois eles são prejudiciais. É necessário que se fique um tempo na posição para de fato alongar o corpo”. De 10 a 20 segundos é o tempo geralmente recomendado.
Não se esqueça!